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27/04/2005 - 19:40:21

As Aventuras de Valter Bittencourt no Paraguai - Parte 1

Valter Bittencourt

Saída do Brasil e primeiro treino em Assunção
Do enviado especial ao Paraguai, Valter Bittencourt

São sete e dez da manhã e os jogadores do Santo André tomam um breve lanche no refeitório do estádio Bruno José Daniel. Um misto de brincadeiras, aliadas a seriedade da partida que vem pela frente toma conta de todo o elenco do Ramalhão, que dali a poucos minutos embarcaria para a sua segunda viagem internacional. O destino, Assunção, no Paraguai.

Sigo o caminho rumo ao aeroporto internacional de São Paulo no ônibus da delegação, o que se vê, são demonstrações claras de união de um grupo que sabe que esse pode ser o jogo de suas vidas. Uma derrota no Paraguai pode significar o fim do sonho internacional do Ramalhão. Mas em meio a tanta expectativa, temas como a pena de morte e brincadeiras com particularidades de cada atleta dominam a viagem de pouco mais de uma hora.

Na chegada ao aeroporto, os dirigentes do Santo André já aguardavam os atletas e em pouco tempo, toda a delegação organizava-se na sala de embarque para o embarque no vôo 0707 da TAM.

Alexandre no Avião  Foto: Valter BittencourtO ala Romerito, tem medo de voar, e apreensivo, lê um jornal nos momentos em que o avião preparava-se para decolar. Ao meu lado, o zagueiro Ronaldo fechava os olhos e rezava para termos uma boa viagem, e quem sabe, uma vitória de sua equipe nesta viagem que dura pouco mais de 1h50 até chegar às 11h40 ao Aeroporto Silvio Petirossi na capital Paraguaia.

Já a caminho do Paraguai, os jogadores começam suas brincadeiras - comuns em vôos - um dos alvos preferidos da delegação era o meia Richarlyson, que enquanto dormia, mal poderia imaginar que estava sendo fotografado.

Com uma temperatura de 17 graus, nossa chegada ao Paraguai foi tranqüila. Alguns dirigentes do Cerro Porteño recepcionaram a delegação do Santo André ainda na área de imigração. Logo na saída do aeroporto a caminho do hotel, jogadores como Richarlyson e Rodrigão concederam as primeiras entrevistas para rádios e televisões do país.

Enquanto a delegação concentrava-se no Hotel Yatch Golf Club, eu e mais quatro torcedores do Santo André fomos levados ao Hotel Chaco, no centro comercial da capital paraguaia. Despachamos as malas e almoçamos. Merecíamos descanso.

Às 15h dirigimo-nos ao hotel em que o Santo André está concentrado. No local - utilizado por todas as seleções que atuam no Paraguai - há uma excelente estrutura e campos de futebol para os treinamentos. Por volta das 15h45 os jogadores começam a se dirigir ao gramado e em seguida o técnico Sérgio Soares reúne todos os atletas no centro do gramado para uma conversa séria e com objetivos claros. Vencer o Cerro Porteño no estádio Las Ollas. Estima-se que já foram vendidos 32 mil ingressos, e Sérgio sabe mais do que todos, não será fácil. A imprensa paraguaia entrevistou alguns jogadores e logo foi convidada a se retirar para que a equipe pudesse treinar sem a presença de câmeras.

Após conversar individualmente com cada atleta, Sérgio Soares comandou um treino tático de pouco mais de uma hora, mostrando o que ele quer que a equipe faça na partida desta quinta-feira (28). Após o treinamento, o treinador seguiu com o vice-presidente de futebol Celso Luiz de Almeida e com o Diretor de Futebol remunerado, Sérgio do Prado ao local do jogo para o reconhecimento do gramado. O restante da delegação permaneceu no hotel realizando um recreativo de dois toques já que o gramado do estádio Las Ollas sofreu com a chuva dos últimos dias e em função disso foi vetado o seu uso total por parte do clube paraguaio.Sérgio Soares comanda treino junto com Valdir Joaquim de Moraes - Foto: Valter Bittencourt

Após o treino, os jogadores realizaram um breve alongamento e partiram para a concentração. Fiquei com os torcedores no saguão do hotel e pude conversar com jornalistas paraguaios que entrevistavam alguns atletas no momento em que entravam no hall do hotel. Para a imprensa local, o Santo André é um pequeno desconhecido - tal qual a equipe do Taquari para os brasileiros - e segundo eles, a missão do Santo André é só uma. Ser derrotado por no mínimo 3 a 0 e conseqüentemente dar a classificação à equipe azul-grená de Assunção. Talvez eles não tenham acompanhado a Copa do Brasil em 2004. Mas sobre as projeções sobre a partida, a resposta que eles tanto esperam só virá amanhã. E pelo que pude acompanhar nos treinamento do Ramalhão, tem uma grande chance de ser azeda e dolorida para meus colegas guaranis.

Quando eu e os torcedores que vieram ao Paraguai acompanhar a partida já nos preparávamos para pegar um táxi em direção ao nosso hotel, o técnico do Sérgio Soares chegou a concentração com os dirigentes do Ramalhão. Em uma breve conversa, ele disse estar plenamente satisfeito com o que a equipe apresentou e sua confiança na vitória é inabalável. Esse sentimento também é explícito em todos os jogadores. Uma clima que eu tenho a oportunidade de presenciar e que me deixa esperançoso por um futuro brilhante do Ramalhão na competição mais importante das Américas. Saí do Yatch Golf club em direção ao meu hotel com a sensação de dever cumprido e que se depender da vontade e do ambiente que domina na concentrarão do Santo André, o jogo desta quinta-feira tem tudo para entrar na história do clube do ABC. Amanhã essa história continua, até lá!

 

 






 

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