2018 está sendo um ano trágico para o torcedor do Ramalhão, e em especial para nós do Grupo Ramalhonautas. Não bastasse o rebaixamento no Paulistão, o arrastar dos dias por todo o restante da temporada e a falta de um horizonte de perspectivas adiante, por si só suficientes para entristecer qualquer ramalhino, ainda tivemos um duro baque com a notícia da morte prematura de nosso estimado colega Marcelo Alves Bellotti.

“Belotão” nos deixou repentinamente, no dia 7 de junho, antes mesmo de completar 49 anos. Ramalhonauta de primeira linha, entusiasta como poucos, o amigo não se limitava a apoiar o Ramalhão nas arquibancadas: também era atuante nas mídias sociais. Pesquisador incansável, sempre nos abastecia de informações preciosas sobre os grandes times do passado do Ramalhão. Mas não focava apenas no passado, mas também e especialmente, no futuro. Acompanhava de perto o trabalho nas categorias de base, postava na rede informações e imagens das partidas, preenchendo assim uma lacuna que a mídia esportiva da região (se é que ainda existe alguma) nunca se interessou em ocupar. Para ele isso não era trabalho, mas acima de tudo um grande prazer.

Embora residisse na zona sul de São Paulo, Belotti não perdia uma oportunidade de manifestar seu amor pela cidade de Santo André, onde trabalhou como bancário por vários anos, e sempre dizia que haveria de um dia morar por aqui.

Infelizmente, a chama que brilha mais intensamente também é a primeira a se apagar. A decepção pelos rumos atuais do Ramalhão, o excesso de atribuições, certa falta de cuidados com a própria saúde... Por tudo isso ou muito mais, não se sabe; o fato é que o coração azul e branco do Bellotti cessou repentinamente de bater, mergulhando sua família em luto, seus amigos em tristeza e perplexidade, e deixando em seu lugar um grande vazio.

Adeus, amigo Bellotti. Quem sabe, nesses mistérios da vida, possamos algum dia nos encontrar de novo para conversar uma ou duas coisas sobre o Ramalhão...