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18/08/2010 - 11:42:30

Marajó

Entrevistador(es): Ramalhonautas


Entrevista feita via e-mail com Francisco Carlos dos Santos, o zagueiro Marajó, em 18/08/2010.

Marajó chegou ao Ramalhão para a disputa do Paulistão 83 e rapidamente conquistou o torcedor Ramalhino. Até hoje é considerado por muitos um dos maiores zagueiros que já atuou no Santo André.


Quais times você atuou? Em quais foi titular?
Comecei cedo. Aos 16 anos já era uma grande revelação do clube do Remo, aos 17 já estava disputando campeonato paraense e o brasileiro. Logo após ter passado pelo Remo fui para o D. Bosco de Cuiabá, onde conheci Gerson Lopes o qual fez 3 gols em cima da minha defesa e fiquei a me perguntar quem seria esse garoto com tanta qualidade e impulsão? Depois tive a felicidade de encontrá-lo no Santo André, autor do 1º gol no campeonato paulista de 83 em Ribeirão Preto contra o Botafogo. Em seguida fui pro Sport Recife onde conheci jogadores como País e Alex, que fizeram a história do América Carioca e onde tive como treinador Urubatão Calvo Nunes. Depois fui emprestado ao Vasco da Gama onde participei de um grupo campeão em Montevidéu num torneio de verão, time formado por Mazaropi, Rosemiro, Marajó, Ivan, Pedrinho, Dudu, Serginho, Wilsinho, Cláudio Adão e Roberto Dinamite. Vale ressaltar que na minha passagem pelo Vasco fui um grande reserva de luxo. Aí sim fui pra minha paixão, onde fui tratado com muito carinho e respeito, que é o meu querido Santo André. Em seguida fui vendido pra Portuguesa de Desportos. Na minha apresentação o presidente na época Osvaldo Teixeira Duarte falou que não conseguiu contratar o zagueiro que ele pretendia e por isso resolveu investir em mim, mas que num futuro próximo ele traria o zagueiro. Pô, foi uma das piores apresentações que recebi num clube profissional, não tive forças pra reagir, mesmo jogando ao lado de um  monstro sagrado, meu amigo particular, que nunca vi outro com tantos recursos como o Luis Pereira. Será que era pra me encher de orgulho? Mas meu estado emocional era péssimo porque minha vontade era ficar no Santo André. Depois fui pro clube Náutico Marcílio Dias-Itajaí SC, fui vice campeão catarinense e um dos artilheiros do time, onde tive a felicidade de atuar com Washington, o qual foi comparado ao Pelé. De lá vim para o Paysandu, o maior rival da equipe do Remo, time onde tudo começou. Quando o Paysandu me contratou ele tinha Ernani Banana, Paulo Gullar, Paulo Vitor, Assis, Aldo, (os 4 últimos vindos do Fluminense), aqui fomos bi campeões paraenses. Em seguida fui para o Vila Nova de Goiás, com uma passagem relâmpago onde encerrei minha carreira aos 29 anos de idade. Não porque tinha dinheiro suficiente, mas por muitos problemas que aconteceram na minha vida particular.

Quais títulos ganhou em sua carreira? Tem algum fato que considera relevante?
Fui Tri-campeão paraense pelo clube do Remo - 77, 78, 79; Campeão na Venezuela num torneio em Mérida, também pelo clube do Remo-77.

Campeão paraense pelo Paysandu em 87.

Campeão com o Vasco da Gama em Montevidéu, Torneio de Verão - 82.

Um fato relevante: 4º colocado no campeonato Paulista, onde levamos Santo André a 1ª divisão do Campeonato Brasileiro, isso valeu por toda minha carreira.

Falando no Paulistão 83, Naquele Paulistão fizemos uma campanha maravilhosa na primeira fase mas na segunda o time não venceu nenhum jogo e ficou em último no grupo que tinha São Paulo, Palmeiras e Portuguesa (haviamos ganhado deles na primeira fase). O que aconteceu para o time não chegar as finais? (Me lembro por exemplo que na segunda fase contra o Palmeiras no Parque Antártica, o Ramalhão dominou o jogo, mas o Palmeiras venceu com dois gols irregulares...)
Olha, eu não estou lembrado como foi a tabela do campeonato paulista desse ano, mas para nós termos entrado na 1ª divisão do campeonato brasileiro tínhamos que estar entre os 5 melhores no geral, então os classificados foram: Corinthians, São Paulo, Santos, Palmeiras e Santo André, na época ficamos na frente de Guarani que tinha terminado de ser campeão brasileiro, na frente também de Ponte Preta, Portuguesa, enfim muitos times com mais tradição dentro de São Paulo. Não recordo se esse campeonato era disputado pelo final de dezembro, não sei se eram 2 chaves de 4, mas tinha uma chave que nós disputamos com Palmeiras, Portuguesa, Santo Andre  e São Paulo, não sei se saía 1 ou 2 pra disputar a final contra o campeão de outra chave, uma chave formada por Corinthians, Guarani, Ponte Preta... em que o Corinthians foi bi-campeão paulista ganhando do São Paulo na final. Analiso que pode ter havido comodismo por parte do grupo que por já ter atingido a 1ª divisão do campeonato brasileiro achava já ter atingido o objetivo do time porque era muito difícil um time de expressão como o Santo André na época chegar a uma final no campeonato paulista, apesar de não termos trabalhado baseados em metas tanto para classificar como para termos sido campeão. Uma correção... não conquistamos o 4º lugar no Paulistão e sim o 5º.

O time do Santo André de 1983/1984 é lembrado como um dos melhores times do Santo André de todos os tempos, com você, Tonho, Jaime Boni, Elcio, Rotta, Arnaldinho, Bona, Jones... o que isso representa para você?
Olha ser lembrado em vida é uma coisa que todos querem, me enche de orgulho saber que eu fiz parte da grande história desse grande clube, as sementes plantadas lá atrás já estão dando frutos como a Copa do Brasil, a decisão do campeonato Paulista, taticamente perfeito, com jogadores de grande qualidade. Se pudéssemos voltar um pouco atrás colocaríamos um Rotta e Élcio só pra dar umas beliscadas naqueles garotos da vila. (risos)

Você tem contato com algum jogador daquela época?
Infelizmente não... gostaria muito de poder conversar, abraçar, relembrar os grandes momentos que nós passamos juntos no campeonato paulista e no campeonato brasileiro da 1º divisão. Toda aquela euforia dentro do nosso grupo, jogadores que nunca tinham andado de avião brincavam falando em rescindir o contrato como Soni, Cido massagista e por falar em Cido por onde anda essa figura? Mas sempre abro a página do Milton Neves e vejo o Tonho que por sinal "roubei" uma foto sua do São Bernardo para colocar no meu Blog, vejo o Esquerdinha, Zezinho, Rotta o qual foi campeão da Copa São Paulo com o Santo André na categoria sub- 20, e olha cara, vibrei muito aqui em casa com esse título.

Aproveito a oportunidade pra pedir o endereço eletrônico desses grandes ex-atletas. caso você tenha.           

Me lembro bem que naquele ano, qualquer falta perto da área a torcida gritava seu nome. Marajó era sinônimo de faltas bem cobradas com chutes fortíssimos... Você tinha algum treino especial?
Alexandre, me lembro da minha apresentação no campo da laminação, eu ainda não estava regularizado e Jair Picerni reuniu o grupo e eu fiquei com Carmino (Colombini), o 3º goleiro do Santo André na época, nós ficamos treinando separado enquanto Jair Picerni conversava com os atletas, e fiquei batendo faltas em cima do goleiro, o  que chamou a atenção do grupo a maneira como eu batia as faltas, tanto pelo lado direito como pelo lado esquerdo o qual  eu sempre tive grande facilidade de bater na bola e ela ganhar um pouco de força talvez por causa da minha musculatura que era muito forte.  A minha estréia pelo Santo André se deu num jogo contra a equipe do São Bernardo, naquele campo ruim e asfaltado, eu já cobrei três faltas com grande perigo para o goleiro do São Bernardo, onde empatamos de 0x0 e eu fui o destaque, tinha grande qualidade no passe apesar de jogar em campo ridículo naquela época. A minha estréia dentro de casa (Santo André) se deu num jogo contra São José e lá sim fiz um dos gols mais bonitos de bola parada que o Bruno Daniel já viu isso registrado pelo diário do grande ABC, e dei um passe onde o Brinda sofreu um pênalti convertido pelo atacante Márcio Fernandes que hoje é treinador, esse jogo terminou  2x0 e isso ta registrado no meu Blog. (Nota dos Ramalhonautas: Clique aqui para visitar o blog do Marajó)

Segundo a imprensa na época, o Renato Gaúcho se desfez do Ramalhão comentando quando saiu a tabela do Brasileirão que o grupo era muito fácil e que ele desconhecia o Santo André. Dizem também que pouco antes da partida no Bruno Daniel ele teria dito que "Não existe time neste planeta para ganhar do Grêmio". Você sabe se isso realmente aconteceu, e se o Jair Picerni chegou a utilizar isto para incentivar os jogadores?
Não tenho lembrança que isso tenha acontecido, mas nós sabemos como o Renato Gaúcho era empolgado, não duvido muito que ele tenha usado esse tipo de expressão, hoje ele está melhor um pouco, quando eu falo que o Santo André era um time de operário isso não quer dizer que nossa carteira profissional estivesse em branco, nós já tínhamos passado por grandes empresas. Tonho muito experiente, Marcos Cidade muita vontade na marcação e muito determinado, Neto que jogou no Santos com Pelé e Ailton Lira que já tinha disputado vários campeonatos brasileiros, Marajó que vinha de 5 campeonatos brasileiros antes de chegar no Santo André, Jaime Boni que tinha vindo do Grêmio, Rotta que tinha uma vida no Atlético Paranaense, isso tudo mesclado com atletas que despontavam em clubes como o Palmeiras, Santos e outros, como era o caso de Barbosa, Esquerdinha, Marcio Fernandes, Gerson Lopes, Jones, então não tínhamos medo de jogar nem dentro de casa assim como fora  era um time ousado que sempre buscava resultados positivos. Daí não acreditar que Jair Picerni tenha se utilizado disso como incentivo.

Em 1984, qual foi a sensação de ganhar do Grêmio, atual Campeão Mundial, e em seguida empatar num jogo épico em 4x4, onde você fez um dos gols? Qual foi a repercussão disso?
Terminamos em 1º lugar da nossa chave na 1º fase, jogos de ida e volta tendo clubes de grande tradição no Brasil dentro do campeonato, como Grêmio campeão do mundo, Náutico, Coritiba, enfim outros clubes que já não lembro agora, mas falando especificamente do Grêmio ganhamos a 1ª partida dentro do Bruno por 1x0 e empatamos a 2ª na volta de 4x4, fiz um gol de falta, embora tivessem grandes jogadores na época, mas o  Renato Gaucho que era o grande destaque foi anulado pelo lateral Jaime Boni o que facilitou pra equipe do Santo André .

A repercussão eu posso te falar que foi tão boa quanto hoje classificar em cima de Santos, Inter de Porto Alegre... Agora pra equipe do Santo André que pela 1ª vez estava disputando um campeonato brasileiro  tudo tornou-se história, e eu fiz parte dessa história como um dos protagonistas.

No Brasileirão 84 o Santo André havia se classificado para a 3ª fase  mas você não ficou até o final, indo para a Portuguesa. Como aconteceu sua saída do Santo André?
Eu tive uma distensão fortíssima na panturrilha da perna direita num jogo no Bruno que não estou lembrado contra quem foi e fiquei parado por 30 dias, a partir daí entrou o Ramiro, um carioca que jogava no Bom Sucesso, foi muito bem contra o Fluminense no Maracanã e esteve muito bem no jogo de volta tendo aquele triste episódio onde o Gerson Lopes quebrou a perna numa jogada com Washington num carrinho por trás. De lá para cá eu já estava sendo muito comentado pela imprensa paulista, tive uma proposta do Corinthians que não foi aceita pela diretoria do clube do Remo. O empresário que tratava de venda dos jogadores  era funcionário do clube então as coisas eram tratadas de clube pra clube sem intermediário e eu fiquei aguardando posionamento do Remo, time ao qual pertencia meu passe. Perguntei pra diretoria do Santo André porque que o Santo André não comprava meu passe, a reposta foi que o Remo não estipulou, valorizou muito meu passe e estava pedindo muito alto por ele. Seu Lauro Oliani e Lourival Passarelli foi quem me falou e por isso a minha permanência no Santo André se tornou impossível, a partir daí a tristeza foi geral, a Portuguesa de Desportos ofereceu aquilo que o Remo queria, na época as equipes não falavam o valor da transação, a não ser clubes grandes. A Portuguesa contratou um grande grupo: Alberis, Pernambucano do Náutico, Marajó, destaque do Santo André, Alves, lateral que veio do Atléico Mineiro, Almir e Eriberto do São Paulo, Mendonça ex-Botafogo que depois jogou no Santos e Palmeiras, Mirandinha que depois também jogou no Santos e Palmeiras, além de jogadores que subiram da base como Edu Morangon, Marinho Rã, Jorginho que hoje é técnico, enfim a imprensa paulista falava, principalmente a gazeta, que com esse time a Portuguesa já era campeã paulista, um time com Everton, Alves, Leís, Marajó, Alberis, Almir, Eriberto, Marinho Rã, Mirandinha, Gerson Sodré, Mendonça, mas foi um dos piores campeonatos que a Portuguesa já teve, quase que cai para a 2ª divisão, disputou o Campeonato Brasileiro da 1ª divisão numa virada de mesa, entrou no 22º lugar e terminou o campeonato brasileiro em 22º, sendo este o último lugar do campeonato, foi uma decepção!

Salienta-se que esse mesmo grupo logo nos anos seguintes foi campeão de um turno em São Paulo e chegou a uma final de Campeonato Brasileiro.

Como você vê o atual momento da torcida do Santo André, onde apesar do time ter conquistado uma Copa do Brasil e um Vice-Paulista, não se comparar com o apoio da torcida na sua época, onde o Brunão lotava em jogos como Santo André x Catuense por exemplo. Como você vê a solução para a torcida voltar a apoiar o time da cidade?
Um dos pontos que vejo é a posição geográfica de Santo André que fica dentro da grande São Paulo.

Outro ponto é que eu não sou muito saudosista, e vejo que aquele momento foi um momento inusitado de euforia, haja vista que o Santo André vinha de uma conquista do Campeonato Paulista da 2ª divisão, o que deu o direito a ele de participar da 1ª divisão, diga-se de passagem, havia jogadores que fizeram sua história como Rubão, Zé Carlos, Soni, Arnaldo, Bona, Tonho, alguns desses jogadores vieram se confirmar na 1ª divisão, outros, o Santo André contratou como eu, Gerson Lopes, Wanderlei, Esquerdinha, Márcio Fernandes, Barbosa, Paulinho lateral direito, Ramiro, Neto, um grupo de jogadores operários que o Sudeste ainda não conhecia, além de que logo em seguida levamos o Santo André a 5º colocado do Campeonato Paulista, dando-lhe direito de disputar a 1ª divisão do Campeonato Brasileiro, então vejo 3 momentos de grande euforia junto a comunidade Andreense, fazendo com que o campo ficasse sempre lotado. Hoje a sociedade oferece múltiplas diversões, sem contar com as violências ocorridas nos estádios dentro e fora dele, fato que amedronta o torcedor que prefere assistir os jogos em casa, sem contar com o avanço da tecnologia que oferece telões, computadores, não vejo porque da torcida não prestigiar o time no Campeonato Paulista e Brasileiro uma vez que o Santo André avançou muito em todos esses anos.

Teve alguma partida inesquecivel em sua passagem no Ramalhão?
Posso dizer que tive várias, vou citar algumas, uma delas foi na minha estréia contra o São José onde fiz um gol de falta maravilhoso. Teve também um outro jogo na rua Javari contra o Juventus, o goleiro era o Carlos que hoje é treinador de goleiros,  ele tinha mais de 10 anos dentro da equipe do Juventus, eu estava jogando com um sono tão grande que sinceramente não me reconhecia, pintou uma falta pelo lado esquerdo eu fui lá ajeitei a bola e bati com tanta rosca que a bola fugiu dos seus braços e esse goleiro se agoniou tanto por ter a intenção de agarrá-la pelo rabo, mas como a bola não tem rabo... ganhamos de 1x0.

Outra partida inesquecível foi no jogo de volta no Bruno, o jogo estava 3x0 para a equipe do Santo André quando pintou uma falta pelo mesmo lado esquerdo naquela trave que tem uma rampa atrás do gol. Ajeitei a bola com muito carinho e bati tirando da barreira com muita rosca rasteira e aconteceu o mesmo desenho, resultado Santo André 4x0. Resumindo, encerrei a carreira desse goleiro.

Outra passagem já pelo campeonato brasileiro, indicava um jogo em Curitiba contra o time do mesmo nome onde a delegação ia de ônibus, aí o Bira (chamado Bira Burro) do Juventus passou em casa na sexta e saímos pra tomar uma. E que cerveja foi essa que cheguei em casa ás 7 do dia seguinte, entrei no banheiro e por lá dormi. Acordei as 8:30, foi um Deus nos acuda, perdi a vigem com a delegação, liguei pra secretaria do clube e falei com Celso (Luiz de Almeida), na época ele trabalhava na secretaria, e eu estava numa agonia que dava dó, perguntei como fazia pra pegar ônibus e ele me informou o lugar onde o ônibus pararia para o almoço. Perguntei se chegava até lá de taxi respondeu que eu gastaria muito, foi então que resolvi ligar para o Luís da farmácia, (meu procurador) pedindo opinião de como eu faria pra chegar em Curitiba junto com a delegação e ele me informou que eu devia ir de avião. Levou-me até Cumbica, peguei um avião e cheguei as 11:00. Já no quarto, dormi e ao acordar às 16:00 fiquei sabendo que nenhum sinal da delegação que só chegou as 20:00 porque o ônibus quebrara na estrada... desci pro jantar e todos de cara amarrada pro meu lado, empurrei meu prato e voltei pro quarto, no dia do jogo, na preleção seu Lauro (Oliani) diretor de futebol, abriu a conversa falando que eu não tinha acompanhado a delegação, e isso era muito  grave mas que deixava a cargo de Jair Picerni que em seguida tomou a palavra e escalou a zaga do time com Tonho, Marcos Cidade, Neto, Marajó e Jaime Boni, aí sinceramente, eu senti que me encontrava na frente de um dos maiores treinadores que já vi na vida, joguei 3 vezes mais do que jogava e ganhamos o jogo em 2x1, e haja ressaca.    

Sente saudades do time e da cidade?
Muitas saudades porque foi o time com o qual mais me identifiquei na minha carreira. Em relação a cidade, de vez em quando passa os filmes dos momentos bons que passei por lá, tenho muita vontade de voltar pra fazer um estágio aí no Santo André, rever os amigos, conhecer-te e os Ramalhonautas pessoalmente.

Acompanha o Ramalhão?
Sem dúvida, vibrei muito com o título da Copa do Brasil e com o vice-campeonato paulista. Também estive com o Santo André quando ele veio a Belém jogar contra o clube do Remo na 2ª divisão do brasileiro, o roupeiro do Santo André era um garoto que no meu tempo juntava a bola atrás do gol, não lembro seu nome e nesse dia ele me falou: Eu não te falei que um dia eu seria o roupeiro do Santo André? Achei interessante esse momento.

Hoje você é treinador. Conte para a gente um pouco da sua carreira!
Na cidade onde eu moro existe 2 times profissionais: Vênus e Abaeté, fui treinador do Vênus por 8 anos no campeonato paraense e no brasileiro da 3ª divisão.

No Abaeté fui treinador em 2008 no campeonato paraense, até porque desenvolvo um trabalho de esportes voltado para a área social e hoje me identifico mais com isso.

Mande uma mensagem aos torcedores do Santo André
Aos torcedores do Santo André, eu só tenho que agradecer o carinho, a maneira como fui tratado, paparicado, respeitado. Espero que essa linda torcida volte a encher os estádios como na minha época, até porque hoje o Santo André acumula um título de campeão brasileiro e uma final de campeonato paulista e isso enche todos nós Ramalhinos de orgulho. Um beijo a todos vocês e obrigado por ter me feito relembrar dessa linda história.

Vale lembrar que vai aí somente o 1º capítulo dessa história.

Muito Obrigado, Marajó! Desejamos a você muito sucesso na carreira de treinador!

Marajó
Nome completo
- Francisco Carlos dos Santos
Nascimento - 28/07/1959, Belém-PA
Posição - Zagueiro. Atuou de 1983 a 1984

 

 

 






 

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